terça-feira, 22 de junho de 2010

RETRATO

"Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;

eu não tinha este coração que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança,

tão simples, tão certa, tão fácil:

Em que espelho ficou perdida a minha face?"

Cecília Meireles

Ao ler este poema, refleti sobre a carga que nos é transmitida ao longo dos dias...Quantos momentos felizes, tristes, ou simplesmente momentos. quantos exemplos! Ah! Os exemplos...caem como luvas, em certas ocasiões. Essa bagagem vai nos transformando de tal forma que, as vezes, ficamos irreconhecíveis, chegando ao ponto de nem mais nos encontrarmos....de não sabermos onde e quando começou a mudança. Só aí percebemos que a vida passou, e que o que foi feito está feito...e o que nos resta fazer é recomeçar!!!!!


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O(A) Hipócrita escreveu: